
Inês Lago: Nascida em Guimarães uns anos antes da queda do muro de Berlim. Ainda pensa em contos de réis. Às vezes é actriz e outras vezes faz cenas. Traduz chatices e coisas bonitas. É benfiquista e mãe da Júlia. Viveu em Lisboa metade da vida mas agora fartou-se e está de abalada para o campo, onde irá plantar alfaces e produções coolturais. Aceita um alambique como prenda de Natal.

Rita Canas Mendes: Feminista em construção e espera viver na contramão atrapalhando o tráfego. Formada em Filosofia, escreve e traduz livros, dedica-se à impressão tipográfica tradicional, lê um pouco de tudo e viaja sempre que pode. Cresceu no Estoril, viveu em Lisboa e agora mora em Alhandra com o Rui e os podengos Pinhão e Caju. A maternidade é a sua próxima aventura. (www.ritacanasmendes.com / http://www.miss-print.pt)

Cátia Domingues: Não é doutora, mas como foi a primeira a ter uma licenciatura, a família gosta de achar que sim. Aprendeu a ler sozinha com a Mafaldinha e pensava que Hotmail era um site pornográfico. Profissional do escárnio e do maldizer. Actualmente uma das autoras do programa Gente Que Não Sabe Estar. Embaixadora do European Solidarity Corps; Copywriter freelancer e ainda uma masterchef por descobrir. É do signo caranguejo e o seu tipo de sangue é o 0+, caso algum dia seja preciso saberem esta informação.

Lúcia Vicente: Nasceu em outubro de 1979, à beira da Ria Formosa, em Faro, numa família cheia de mulheres. Cedo se questionou sobre o papel da mulher na sociedade e por que razão os livros de História nunca mencionavam mulheres. Até hoje não conseguiu responder a estas questões, apesar da licenciatura em História. Com tendência para mudar de poiso de 10 em 10 anos: a última vez, farta de gente, saiu de Berlim direitinha para um monte alentejano, onde vive com o seu companheiro, filha e os seus dois cães bebés, o Johnny e o Cash. Já teve milhões de ofícios. O que mais gosta é o de ser autora e dedicar-se à educação das crianças para o feminismo. Em 2018 publicou o seu primeiro livro para crianças, Portuguesas com M grande e em 2019 a coleção infantil Sarita Rebelde – os livros de princesas sempre lhe provocaram urticária. Feminismo de A a Ser, o seu segundo livro, tenta (com dificuldade) educar adultos. A sua frase preferida é: Morra o patriarcado, morra! Pim!

Paula Gil: Nascida e apaixonada pelo Porto, aprendeu cedo a dizer palavrões e a espevitar o nariz. Foi criada por aqui e por ali, entre trambolhões e caminhares, mais ou menos, firmes. Numa breve passagem na infância correu entre a serra, os riachos e o apeadeiro de Coimbra e Lousã onde se apaixonou por paisagens. Desde cedo discutiu publicamente o seu lugar no mundo, entre a sala da mãe e a sala de aula e desenvolveu o gosto de reivindicar direitos e colocar questões – “porque é que o meu irmão não põe a mesa, ele também vai comer…”. Voltou já crescida à cidade da saudade para estudar política, porque lhe disseram que não podia. Deu um saltinho curto ao Reino Unido, ao Luxemburgo e nunca mais se cansou de experimentar e arriscar. Tropeçou no feminismo anti-capitalista interseccional já crescida e começou a pensar politicamente as interrogações que a acompanharam ao longo da vida. Começou a trabalhar cedo e não está satisfeita. Tem opiniões para dar e vender (sobretudo vender, que o dinheiro escasseia!) e raramente se coíbe de as dar. Vive em Lisboa onde, para além da luz, adora as vielas, os bairros e as suas gentes. Gosta da sua cadela e da sua gata (e dos bichos dos outros também), de boas amizades, de cozinhar e de comida, de pessoas (generalizando sem generalizar) e de viajar. Fotografia: Tiago Figueiredo

Carmo Gê Pereira: Educadora sexual para adultos, loba não binário, cuddler competente, investigadora, escritor, faz aconselhamento profissionalmente e é uma amadora amadora. Fã de Steven Universe, humana da Pussy Power e do Paul Trouble ( sempre com vontade de alargar a rede afectiva animal). Parece-lhe que tem tanto de santa como de puto.

Graziela Sousa: Gondomarense que adoptou Lisboa. Trabalha na área da moda onde gosta de pensar que faz coisas acontecer. Gosta muito de comer, de passear e de entrar pelo mar adentro, o ano inteiro. Está sempre a empreender em muitas direcções, por isso tem dois trabalhos e anda a acabar um doutoramento. Foi adoptada por um gato chamado Lorde, dono de inúmeras expressões de indiferença e desdém. (Foto: Joana Linda)